domingo, 12 de agosto de 2012

Da objetificação:






É engraçado (na verdade não é) como a gente naturaliza as coisas...

Fiz inúmeros posts sobre a desconstrução da mulher como mercadoria, como objeto e afins. Fiz e faço milhares de desconstruções diárias sobre isso por acreditar que é um primeiro passo importante, no entanto acredito que temos que fazer a autocritica, e porquê não utilizar dela para aprender e ensinar? Acredito que se cremos em algo e utilizamos daquilo para nossas vidas não devemos ser hipócritas e somente desconstruir o que nos convém, temos que desconstruir todo o processo, ainda mais algum que possa ser danoso para o todo. Daí nasce a Ressaca Moral dessas ultimas semanas.
A tempos venho tentando desconstruir a objetificação do corpo da mulher, no entanto é uma coisa extremamente difícil de fazê-lo, por inúmeros motivos. Entendo por ser feminista o não só acreditar na igualdade dentre os gêneros, mas também tentar construir esta igualdade, e para isso precisamos desconstruir o machismo nosso de cada dia. O que por sinal é uma das coisas mais difíceis que resolvi fazer em minha vida (apesar de acreditar muito nisso, por isso continuo fazendo-o).

Leia-se objetificação como tratar(tomar) como objeto um individuo, com vontades e direitos ignorando-os.

Enfim, na hora de desconstruir a objetificação do corpo da mulher acabamos, por vezes, esquecendo do desfazer da objetificação, que está também naturalizada em nossa sociedade, do corpo no geral. O que acaba somente dar continuidade a objetificação. Às vezes a lógica está tão intrínseca que deve existir um processo de desconstrução ainda mais aprofundado.
De certa maneira, nós somos criados a uma base de oposições (certo- errado –quente, frio – mulher, homem). O que, a meu ver, influi diretamente em nossas ações e formas de ver o mundo, as respostas para as coisas acabam por ser justamente o revés.
Aí entra o monstro da vida de uma feminista. O tão desesperador FEMISMO (muitos confundem com o feminismo), que trabalha justamente a lógica sexista da oposição dos gêneros, “se ele me trata como objeto, tratarei ele também”. Claro que não é algo tão direto assim, mas a lógica acaba por ser a mesma, uma lógica de disputa entre gêneros, onde nem um, nem outro enxergam as coisas a pé de igualdade. Logo, FEMISMO trabalha na mesma lógica do machismo, de sobreposição e desigualdade entre os gêneros.
Não posso discordar que a objetificação do corpo da mulher é de fato algo muito latente em nossa sociedade (e isso quer dizer que está presente em TODOS OS ESPAÇOS, INSTANCIAS e afins), mas é a consequência do machismo ser uma ideologia tão intrínseca em nossa sociedade, construída e reproduzida há tempos. Mas não acredito que a resposta para ele deva ser necessariamente a construção de uma ideologia que se utilize da mesma lógica em moldes diferentes, pois dessa forma não estaria pregando nada além de desigualdades.
Me perguntam por quê eu sou feminista, como sou feminista e o que é ser feminista. Minha única resposta é a desconstrução diária do machismo, não somente na sociedade, mas a tentativa da desconstrução do mesmo em mim.
Não podemos pedir igualdade se não tratando a pé de igualdade. FEMISMO e FEMINISMO são coisas totalmente diferentes. Entendemos que não existe igualdade entre os gêneros, no entanto não é com o FEMISMO que iremos responder isso. Queremos igualdade, queremos os mesmos direitos e abertura para isso. Queremos feminismo, queremos ser livres.



Fiz esse post. Curtinho, mas sempre é bom pra tentar dizer que não esqueci o blog e pra organizar um pouco o raciocínio.
Beijos e saudações Feministas!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Breves notas, Breves Ressacas, Grande Moral


"Eu Bebi demais. E Falei demais. Escrevi Demais.
Tudo em mim extrapola, vai além.
Sou pequena demais pra tudo o que sinto
E vai tudo saindo assim, pelos olhos
Água e sal
Muitas vezes é rio
Algumas é goteira
Vai tudo isso saindo assim
Eu bebo demais e falo demais
E falo: EU GOSTO DE VOCÊ
E escrevo o que eu sei que já sabe
Mas não enxerga
E vai tudo assim me escapando pelos olhos
Me extrapolando o que eu deveria guardar
Pra não perder o que não é meu
Eu bebo demais e não caibo mais em mim
Tudo em mim extrapola e me escapa pelos olhos
Assim, numa noite fria qualquer.
Uma segunda-feira blues."

ÁGUA E SAL - Maely Freitas
Livro  Pode Pá Que é Nóis Que Tá! - OS MESQUITEIROS

quinta-feira, 15 de março de 2012

Coisas que tornaram uma mulher ridícula e criam um opressor




Se nós mulheres não agimos de acordo com o desejado pelos machistas, tendemos a ser ridicularizadas. 


É incrível como a relação entre oprimido e opressor se estabelece, inclusive nas redes sociais (por ser um espaço de reprodução, assim como qualquer outro espaço, a única diferença é que neste não existe necessariamente a necessidade da presença física, mas a violência simbólica ainda impera), onde o “compartilhar” causa uma reprodução em massa de uma lógica que por sua vez é arcaica e não respeita as mulheres em sua individualidade.
Isto faz com que por diversas vezes acabe causando alguns impactos com relação aos aspectos que concernem à violência, onde então se apresenta a relação de poder e o opressor de fato se mostra. Homens, machistas, mulheres reprodutoras do machismo, ambos alimentando e reproduzindo o que de fato em algum momento absorveram da sociedade, fazendo assim com que isso se torne um ciclo continuo.
Na medida em que nós “clicamos” em “compartilhar” para reproduzirmos algo que se apresenta, como na foto acima, sob um processo de ridicularização da mulher acabamos por dar continuidade à lógica machista que rege nossa sociedade. Lógica machista esta que: afasta a mulher do ambiente político/publico e a restringe ao privado; que diz o tamanho de nossas roupas e do vocabulário; quais vícios devemos ter e como devemos lidar com nossos pelos e nossa vida.

“Porém, assim como meu pai silenciava minha mãe durante as discussões para que ele não precisasse ouvir suas reclamações, os homens silenciam feministas, depreciando-as para que possamos nos desviar de ouvir verdades sobre quem somos nós”. – Byron Hurt*

A ridicularização da figura feminina é algo muito comum, principalmente como resposta a casos de desagrado à figura masculina, como por exemplo, este blog no qual escrevo e a forma como nós libertárias nos comportamos. Mas isto acaba muitas vezes por não se limitar apenas ao imaginário de um machista, por vezes convivemos com casos de violência simbólica (tão comuns quanto é o ato de escovar os dentes em nossa cultura), seja na forma de piadinhas sobre a inteligência de uma mulher, seja na forma abusiva de nos tratar como objeto. Em algumas circunstancias chega-se até a outras formas agressão propriamente dita.
Por diversas vezes nós feministas em diversos espaços, os quais os indivíduos envolvidos possuem conhecimento de que somos feministas, sofremos com processos similares ao de tentativa de ridicularização. Enquanto a este fato se deve também a visão do senso-comum sobre nós, bato novamente na tecla de os machistas não gostarem de ser contrariados. Sendo o ideal de mulher para um machista a submissa que não discute sua posição, aquela que não é dona do seu corpo, a boa moça que é oprimida e aceita isso naturalmente.
Ah, sim esqueci de avisar... É bom tomar cuidado com as feministas, manter distancia etc. Afinal, Diga-me com que andas e te direi quem tu és, por isso, não ande com feministas, vão pensar que você não se dá ao valor, é peluda, é a favor de matar criancinhas e quer dominar os homens.
Por fim, devemos ressaltar que a ridicularização de um indivíduo como violência simbólica acaba por ser um braço da opressão machista, mas não é somente característica desse tipo de opressão e perpassa também a homofobia e o racismo. Me ative a este tipo de opressão em especifico, porém não se deve esquecer que a violência está presente nos diversos tipos de opressão e de formas muito similares.

*Devo os meus agradecimentos ao blog da Lola.
escrevalolaescreva.blogspot.com*

terça-feira, 13 de março de 2012

É todo dia!

Olá car@s e rar@s leitor@s...
sei que estou desaparecida desde novembro do ultimo ano, mas sabe como é né?!
Tem dias e dias. Aqueles que vc consegue escrever e aqueles que vc não consegue juntar e+u e escrever "eu", no meu caso passei (ainda estou passando) por esses dias onde não consigo escrever apesar de ter vontade de escrever... enfim, tudo sai uma droga, mas mesmo assim é sempre bom mostrar a droga que vc faz pra quando vc fizer algo bom as pessoas te elogiarem mais e se surpreenderem, só não leiam outros blogs, sou ciumenta! ;D

Enfim, fiz um pequeno texto sobre a necessidade da gente combater as opressões todos os dias. Ficou tão ruim que nem quis mostrar antes de postar, assim o que está feito está feito. Beeeijos pra quem lê!

É bastante comum nós mulheres passarmos na rua e ouvirmos piadinhas, irmos a festas e sermos agarradas e puxadas pelo braço por algum homem sem se quer conhecermos ele. Nós mulheres crescemos aprendendo a nos proteger dessa lógica: não saindo de casa com roupas mais curtas ou decotadas; não indo a festas sozinhas ou beber e dançar da forma que quisermos.
Mas a questão é: Nós também ao longo do tempo em que somos criadas e aprendemos a lidar com a vida e as situações que nos cercam, não estamos de fato nos protegendo destas situações, mas sim evitando-as .
Na medida em que somos criadas em uma sociedade machista e seguimos a lógica da naturalização (do tornar comum) de certos “costumes”, por assim dizer, nós acabamos por legitimar tais atitudes machistas. Acontece que ao tornamos comum e legitimarmos estas atitudes acabamos por não evitar que isso aconteça novamente com nós mesmas e com outras.
Nos dias atuais onde a luta feminista já conquistou bastante espaço, este espaço ainda não é o suficiente nem mesmo o ideal. Milhares de coisas de caráter machista acontecem todos os dias e de tão comuns e naturalizadas acabamos por não ver ou aceitar já que isso é de fato “normal”, “mais uma coisa” que acontece no nosso dia a dia, como por exemplo, as piadinhas recorrentes sobre nossos decotes, nossas saias curtas. Nosso direito e liberdade, no momento em que ouvimos as piadinhas é interrompido.
Se organizar? Eu nunca achei que fosse tão necessário, sempre disse que no dia em que eu estivesse pronta iria acontecer...
Mas em meio a calouradas, trotes machistas e tudo mais, comecei a perceber a necessidade. Necessidade esta de um espaço em que se discutam os problemas que o machismo e demais opressões vem, ao longo de tantos anos, trazendo a nossa sociedade e que se indique, se realize, um combate para que minimamente se transforme um espaço de reprodução do machismo em um espaço que em luta se reproduza o feminismo. Que o combate a opressão também ganhe espaço para evitar assim que se atribua um valor a uma mulher pelo tamanho da saia e por demais estereótipos sexistas.
A partir de tanta opressão na sociedade e entendendo que a universidade não é somente um espaço de reprodução do machismo, mas também um espaço onde se produz profissionais e indivíduos para a sociedade vê-se a necessidade de ser criado um espaço onde se possa discutir a realidade e encontrar a melhor forma de lidar com ela, combatendo de todas as formas possíveis o machismo.
Mas isso tudo que eu escrevi até agora vai para além da universidade (da UERJ em questão) acho que nós a partir do momento em que tomamos consciência de que sofremos com a opressão machista devemos combatê-la, não é somente perceber que somos vitimas, afinal se não fizermos nada contra estamos legitimando esta ação.
"Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem"
Rosa Luxemburgo

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O valor da mulher?




                Diz-se muito por ai que “nós mulheres temos que nos valorizar”. Eu particularmente não gosto muito dessa expressão, não sei, me soa como se tivéssemos valor de uso e valor de troca, logo seriamos bens de consumo (posso parecer maluca, esquizofrênica e tal, mas essa expressão me incomoda mais que suficiente) e me traz mais outra discussão que é a de umas “valerem” mais que outras.
                Levanto este assunto a partir de uma foto que lançaram no facebook [foto acima] que mostra algumas imagens falando de estupro, violência contra a mulher e gravidez na adolescência... E lança um “gostou novinha?” [fazendo uma critica ao funk] não discordo que muitas das letras são extremamente machistas e afins, no entanto isso não isenta o fato de que a mulher não é culpada pelo estupro, não é culpada por apanhar do companheiro ou seja lá de quem for. E bom, com relação a gravidez, não posso defender, *USE CAMISINHA*, as vezes acontece, mas devemos nos cuidar, sempre.
Pode ser que eu tenha interpretado errado, mas o que dá a entender (ou o que entendemos) é que isso ocorre com a mulher porque nós simplesmente não nos valorizamos, logo se uma de nós(mulheres) foi estuprada é porque usou uma saia mais curta e isso mostrou que estava afim de ser forçada a fazer sexo. Esse exemplo tende muito a escorraçar as nossas companheiras funkeiras que usam roupas mais justas e mais curtas, pra nós isso da mais do que a entender que a mulher deve ser mais “adequada” a padrões e a valores impostos pela comunidade machista.
                Voltamos para aquela velha frase “mulher tem que se dar ao respeito”. NÃAAAAAAAAAAAAAAAAO! Temos que ser respeitadas independente do tamanho das nossas saias ou decotes! Temos que ter o direito de dançar funk, pagode, samba, forró e sertanejo nas festas sem que um cara venha passar a mão só porque acha que estamos disponíveis para eles ou dando mole.
                A condição feminina na nossa sociedade é limitada a padrões arcaicos, onde a mulher ainda apesar da conquista dos espaços sofre preconceito, que nos limita ao lar. Apesar da conquista da independência as mulheres ainda sofrem com a coerção que impede que estas sejam de fato “livres”.
                Quando se faz esse tipo de crítica, desta maneira como na campanha “valorize-se mulher”, a ideia por traz do pensamento, ou seja, aqueles pensamentos enraizados, naturalizados, é a mesma que produz as musicas que se criticam. Por quê?  Oras, porque partem do machismo tão bem trabalhado pelo senso comum. De um lado temos o machismo que naturaliza nas músicas a violência, por exemplo, e por outro temos um que diz que é natural que haja violência se a mulher se comporta deste ou daquele modo.
                Não discordamos que haja problemas nestas músicas, mas não podemos concordar que uma campanha de conscientização seja tão machista quanto, que reproduza formas de dominação da mulher do mesmo jeito.  Qualquer campanha que vise eliminar a violência deve partir do principio básico que nada justifica a opressão e não que parta da mesma linha de raciocínio do que se critica.
                A alta disseminação desta campanha só prova que o machismo se encontra intrínseco em nossa sociedade e que este continua a se fazer por cordeiro em forma de proteção à mulher, por muitas das vezes, colocando a mulher como responsável pela violência sofrida ou como incapaz de discernir certas coisas tendo que ser dependente do homem.

“As mulheres de Atenas não bastam ser honestas, devem parecer honestas”???

Com contribuições de Thaiana da Silva Lima.

Ps.: Hoje é o Dia de luta contra a violência à mulher. Pois, nada justifica a violência! 
Irá ter uma barraca da Cantra no Saara e atividades organizada por algumas companheiras de diversas entidades de luta  na cinelândia... Participem! :D

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Fadadas a solidão?








No geral pessoas querem encontrar pessoas, namorar pessoas, casar com A(s) pessoa(s), ter filhos e morrer ao lado DA(s) pessoa(s). Não sei a que parcela disso existe uma construção social e a que parcela isso é exatamente instintivo, psicológico, biológico e afins. Sei que isto ocorre e se você não segue esta correnteza sofre com a coerção, enfim. O ponto em que eu quero tocar é o ponto de jovens mulheres quererem ter um parceiro, com ou sem o intuito de ter o mesmo para o resto da vida.
Bom, que mulheres jovens querem companheiros está obvio, isso ocorre até com homens jovens (alguns). A primeira questão é: Como encontrar um companheiro?
Sinceramente eu já dei a sorte ou o azar de namorar (3 anos), o ponto que eu quero tocar é... se eu soubesse como arrumar um companheiro hoje eu estaria namorando (ainda ou com outro), mas o “ainda” é outra questão que é a de saber levar... Enfim, todas nós queremos saber como encontrar um companheiro e é mais que obvio que o obvio sabemos, quer dizer... como dito no post Condições básicas para ter um parceiro e mante-lo ao seu lado:
Se quisermos ser oprimidas 24hs por dia, podemos ser. Se queremos um parceiro machista, podemos ter, mas o grande problema mesmo é arranjar um parceiro que seja de fato um companheiro, não somente afetivamente, mas de luta. Pois se queremos um companheiro que não nos oprima e que compreenda as minuciosidades de ser feminista, as coisas começam a complicar, quer dizer (AI VEM A RESSACA MORAL), se eu quero um companheiro eu tenho que me submeter ao machismo?
É extremamente difícil encontrar um companheiro, um pouco mais difícil um que a gente realmente goste e mais difícil ainda um que evite ao máximo a opressão. E as coisas se tornam muito mais pesadas com a nossa pouca tolerância (que fique claro que não reclamo, eu fatalmente sou menos tolerante que muita gente com relação a opressão) para com o machismo, o que de fato além de incomodar alguns torna as pessoas mais distantes, o que é uma merda.
Logo, creio que toda feminista sofre sérios dilemas em sua vida, desde o ponto de ter que evitar sair com caras que já possuem uma companheira até o grande dilema de “se você ama um machista, ama ou desama?” (quer dizer: ele é um machista, canalha escroto, você o ama apesar desses defeitos *azar não escolher quem se ama*, você se mantém ao lado ou parte para a “solidão”?). Esses dilemas estão diretamente ligados ao que somos de fato, devemos deixar de lado o que somos por um amor, e será que isso pode ser de fato considerado amor? De modo que no momento em que levantamos nossas bandeiras de luta e dizemos que isso ou aquilo não é amor estamos conscientes de fato de que não é, no entanto muitas vezes isso ocorre com a gente e acaba que não vemos da mesma forma, falta de força? Talvez. Digo isso relacionado a formas de opressão mais comuns e “mais brandas” como ter que fazer tarefas de casa sozinha ao invés de dividir, deixar o companheiro pagar todas as contas pois ele se sente “castrado” ao dividir igualmente a mesma, e afins.
Não estamos isentas de amar, nem de virarmos cegas, loucas e imbecis, se o que nos dá as qualidades anteriores é amor eu não sei, vou pelo senso-comum. Enfim, o dilema de uma feminista cerca certos limites, no ponto em que se uma relação depender de você se manter permitindo certas opressões as coisas se complicam e ai começa a piorar, quer dizer, é tão difícil encontrar um companheiro de verdade, mais difícil ainda ser feminista e encontrar um companheiro... deve ser por isso que a maior parte das feministas ou ficam sozinhas ou têm companheiras (o que criou um estereótipo, mas é pano da outra manga), e ai lanço minha ultima pergunta... Estamos fadadas a ficar sozinhas? Pois, deixar de ser feminista é uma hipótese a não ser cogitada.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Saia da rotina

Acordo, leio, escrevo, bebo café, fumo cigarros... ROTINA é o nome disso.
tod@s temos, sem ela a vida (confesso) seria muito mais divertida, menos monótona por assim dizer.
Mas para sair da rotina um pouco venho trazer a vocês, meus caros e raros leitores um corte de cabelo novo e uma nova maquiagem para o nosso blog, mas nada que mude nossa acidez tradicionalmente revolucionária.


Bom, por esse motivo postarei aqui hoje, algo que interessa uma parte minima da população, mas que interessa no geral o público alvo do blog.

Está imagem acima é capa do documentário Revolução da Arte feminina. É um documentário recente que mostra o traçar do feminismo na arte do final do século XX. É muito interessante pras feministas de plantão e principalmente para as que se interessam por arte.
Esse documentário em sí, costuma passar na TV Cultura, no cultura documentário e é dividido em duas partes, cada uma com aproximadamente 40 min. de duração.
Bom, as duas vezes que eu vi (por sorte uma cada parte) foi por sorte mesmo. Mas aqui está o link da grade de programação da Tv Cultura : http://cmais.com.br/grade
procurem ver quando passa cada parte, vale a pena de mais!!!


ps.: eu tentei achar algum trailer do documentário, mas não achei... procurem criticas, pode ser bastante interessante.




Bom, amores meus... é isso por enquanto a cara é nova, mas as ressacas continuam as mesmas
Curtam, comentem e compartilhem suas ressacas, vai ver eu tenho alguma ideia melhor que se distancie um pouco mais das minhas rotineiras...


Beeeeijos.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Condições básicas para ter um parceiro e mante-lo ao seu lado:







1-      Beleza brasileira:
a)      Ter bunda grande ou ao menos “bonitinha”
b)      Ter seios fartos ou ao menos saber usar um sutiã de enchimento que faça parecer
c)      Não ter barriguinha de chopp
d)     Ser loira de olhos claros
e)      Ter cabelos lisos e brilhantes o tempo todo

2-      Consumir:
a)      Lingerie de qualidade e sexy
b)      Pouca comida
c)      Saias, vestidos, shorts curtos e decotes grandes
d)     Bebida que a deixe suficientemente bêbada pra ficar com qualquer um, mas que não lembre o que aquele cara fez com você sem que você permitisse

3-      O que você deve ser:
a)      Estar sempre bonita, sexy, cheirosa e de pele macia
b)      Engraçada, às vezes tímida e saber fazer charme
c)      Nunca ficar de TPM ou mau humor
d)     Condescendente com qualquer atitude do parceiro, mesmo que esta seja opressora
e)      Heterossexual e de acordo com suas vontades (bissexual de eventualidades)
f)       Virgem ao encontrá-lo
g)      Uma pessoa de menor intelecto que seu parceiro

4-      Você deve saber fazer:
a)      Cozinhar como a mãe dele
b)      Limpar a casa como ninguém
c)      Cuidar de crianças
d)     Massageá-lo depois de um longo dia de trabalho
e)      Strip-tease
f)       Sexo como nenhuma das suas ex-namoradas

5-      O que você deve saber, mas não deve fazer nada para mudar:
a)      Ele terá uma amante em cada canto da cidade e você não vai fazer nada pra mudar isso, afinal ele te ama e é você quem está no mar de rosas que é o casamento com ele
b)      Ele guarda pornografia de baixo do colchão, mas pra você tudo bem, afinal você já não é tão atraente como antes e ele precisa variar um pouco
c)      Existe um mundo fora de casa onde as pessoas podem ser livres da forma que quiserem
d)     Se vocês brigarem ele deve bater em você, mas foi só um momento de raiva ele estava certo o tempo todo

6-      O que você deve fazer pra encontrar o tal cara que você tanto sonhou:
a)      Seguir todos os tópicos anteriores
b)      Ir a lugares onde somente boas moças vão como por exemplo à igreja, mas se uma amiga te chamar para ir no baile... vá!
c)      Nunca mostre quem você realmente é, mas sim faça parecer que você é o sonho dele
d)     Seja, tímida e difícil no inicio
e)      Não faça sexo na primeira noite espere o máximo possível
f)       Se fizer sexo, faça o que ele quiser, inclusive se ele pedir... faça sem camisinha, assim você tem também a chance de conceber um lindo filho dele e ele vai ter que acabar casando com você, certo?! (afinal, HIV é mito)
g)      Finja que se interessa por tudo que ele fala (isso vale principalmente para o casamento, afinal ninguém quer se divorciar, isso fica feio pra sua ficha, ninguém quer material usado)
h)      Nunca fale do seu ex-namorado, o atual vai ficar com ciúmes por ver que você tem um ex.
i)        Não fale de política, história, arte ou de como seus filhos estão na escola. Fale de futebol e traga uma cerveja, assim você agrada seu marido. Fora o futebol, não fale com ele a menos que ele pergunte algo para você (Uma mulher bonita não precisa falar e sim saber ouvir)

Considerações finais:
Uma boa pretendente a esposa é aquela boa moça submissa, que não esquece um detalhe fora do lugar, que faz tudo por seu parceiro e da forma como ele quer. Que está bonita todo tempo e não tem um dia ruim, que cuida dos filhos, do marido e ainda tem tempo pra estar sexy.

Considerações da autora:
-Bom, acho que pra quem me conhece isso dispensa explicações, nota-se logo o sarcasmo nessa postagem. Mas para os desavisados...
Isso é uma sátira a reprodução do machismo. Existe todo um peso histórico e reproduzido todos os dias massivamente pela mídia e pela sociedade de forma geral, dizendo que uma mulher precisa de um marido e pra ela conseguir um marido ela tem que ser de determinada forma, fazer determinadas coisas, que para conseguir o que quer deve usar seu corpo, e por fim o mais importante, não ter cabeça própria e não pensar em si como um indivíduo.
Bom companheir@s, nós somos criados em fôrmas, mas não significa que não possamos tomar consciência e tentar mudar algo. No momento eu enxergo as setas vermelhas do machismo e da opressão, mas nem sempre fui assim e devo dizer que nenhuma de minhas companheiras de militancia foi sempre assim, pois nós somos criad@s numa sociedade machista, onde as mulheres são criadas para reproduzir o machismo dando continuidade a um ciclo constante de opressão. Lá na nossa infância fomos ensinados a brincar de forma correspondente do que devemos ser quando crescer, na adolescência sofremos com uma tempestade de informações de como devemos ser, o que devemos fazer e como devemos fazer para conseguir um parceiro, e esta tempestade é de fato somente a reprodução do que é a sociedade.
Somente o fato de quem está escrevendo isso ser uma mulher, que se importa com sua beleza, mas para si não para ser um produto; que se importa com seu futuro, mas não somente com o fato de arrumar um marido que vá me sustentar; que luta contra a opressão todos os dias, mas não só contra mim e contra amigas, mas contra a opressão de todos indistintamente; que acha que a mulher tem o poder sobre o seu corpo e que não deve ser somente um objeto, nem um pedaço de carne, mas sim um ser humano igual aos outros, com direitos e que merece respeito; É um indicativo de que as coisas mudam. A uns anos, uma mulher não poderia manter a mesma postura que mantenho aqui. Só espero que isso motive.

Acho que é só isso...
Beeeijos!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Verdade?









Sabe aqueles dias que você acorda simplesmente com a cara torcida e não quer olhar na cara de ninguém?
Como se tivesse engolido uma garrafa de mau humor toda sozinh@ e agora tem que agüentar a ressaca novamente sozinh@.

Certos dias você acorda e sente o peso da verdade. Seja dela que você queira se esconder, seja ela que você queira esconder. A verdade vem e normalmente em forma de ressaca moral.

Quando ela vem pra você esconder:  Quando você deixa de dizer algo só para não magoar alguém ou num momento de ilusão altruísta, mas aquela verdade que você tenta engolir vem a sua garganta toda hora e as coisas começam a ficar complicadas pra você.

Quando é dela que você quer se esconder: Bom ai ferrou de vez porque ela vai chegar a você de qualquer forma, ela contrata detetive particular e tudo para te encontrar e ai, é só esperar que ela vêm pra te mostrar alguma coisa que vai realmente mudar alguma coisa que você não quer que mude.


-Encarar a parada é, na minha opinião, a melhor coisa a se fazer porque isso vai passar de uma forma ou de outra, as coisas mudam e se recriam como já dizia Marx "tudo que é solido desmancha no ar".



"Demorou alguns anos para eu perceber que as coisas simplesmente acontecem e mudam, nem sempre para bem, nem sempre para me ferrar, mas sempre acontecem e mudam, a vida mudou, os dias passaram o mundo pode não ser mais tão azul, as guerras podem estar mais violentas, mas as opressões agora são combatidas, as pessoas que sofrem preconceito agora sabem do que sofrem, o amor não é mais reprimido. O que não muda é o que já criamos que ficou no passado que já foi um dia a realidade, mas de qualquer forma não representa mais no presente ou no futuro os mesmos valores. De uma forma ou de outra o que vivemos criamos e contamos não passa de estória( estória por ser apenas um pedaço de toda uma seqüência de fatos). O que vivemos é apenas um pedaço."

-Bom caros e raros leitores esse post vai pequeno assim mesmo é só para retomar aos poucos a atividade do Blog. beeeijos

domingo, 12 de junho de 2011

Tá sozinha, tá sem onda, tá com medo...









Dia dos namorados e você está solteira(o)?


Vê um casal de passarinhos no seu quintal e você tem vontade de se matar?

Antes que você se mate ou vá ver milhares de filmes de comédia romântica que estão passando na televisão, leia esse post!



*Antes de mais nada, lembre-se que continuo seguindo o raciocínio de minhas demais postagens sobre vida de solteiro e suas ressacas, mas vale a pena ler antes de começar a primeira postagem desse novo bloco de postagens, sobre esse tipo de vida: http://vit-lourenco.blogspot.com/2011/03/re-re-abertura-do-bloco-da-fofoca.html



Visto isso, vamos a ressaca moral do dia.



Dia dos namorados, aquela data que quando você olha na folhinha você pensa: “caralho, tenho que arrumar alguém!”

E eu pergunto arrumar alguém pra quê?

Não vou citar milhares problemas em relacionamentos só pra legitimar a felicidade de ser solteira, até por que cada um sabe um pouco disso e apesar de tudo ainda, as vezes, quer uma relação.

Mas, enfim vamos a parte boa de estar solteiro.

Primeiro: Como dizem por ai, melhor estar solteiro no dia dos namorados do que namorando no carnaval. Visto que o carnaval é uma semana inteira e vivemos no país do carnaval, onde existem milhares de pessoas solteiras procurando “alguéns”.

Segundo: Estar solteiro não significa que não se tenha alguém, só significa que não tem ninguém pra chamar de seu ou pra trocar presentes nessa data tão capitalista. (afinal pra quê ser tão possessivo e ter alguém seu?)

Terceiro: Não ter alguém seu tem lá suas vantagens afinal, você não quer ficar se prendendo a uma pessoa só. Você pode ter varias pessoas e ser de ninguém. Como já diziam os Tribalistas “eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também”. Então, sejamos de todo mundo!

Entre outras partes boas de estar solteira(o).


Pulando a parte de denegrir o dia dos namorados e chegando na parte do que fazer, surge um raciocínio.

Eu, Vitória Lourenço, acho que por mais que seja depressivo passar o dia dos namorados solteira(o) é valido tentar aproveitar isso pra reafirmar o por que se está solteiro e lembrar que não é porque ninguém nos atura e sim por que nós não aturamos ninguém, afinal às vezes quem “pegamos” não é tão bom assim pra se assumir uma relação, ou então por que somos jovens d+, talvez até porque não queremos ninguém e ficamos colocando defeito em todos.

Passar o dia dos namorados solteira(o) não é tão ruim assim quando se tenta contornar a situação, ou seja, ao invés de ficar em casa vendo filmes de comédia romântica, comendo kilos de chocolate e dormindo, você pode sair com os amigos, beber até conseguir esquecer esse dia e trocar presente com algum amigo(pra ser um pouco capitalista e não sentir tanto a ausência de um parceiro).

Vivemos numa sociedade voltada para relacionamentos, onde nos impõem um modelo de relacionamento todo o tempo e que esse modelo é casamento fechado e filhos (se bobear até cachorro e casa na praia), vemos isso o tempo todo na televisão, aprendemos na escola e em casa, muitas das vezes. Mas ninguém questionou o que queremos e o quanto às vezes ser sozinho pode ser bom. Ter todo mundo e não ter ninguém tem suas vantagens e não podemos negar isso. Alguns vêem o dia dos namorados como algo muito ruim só medindo que não têm ninguém, outros como algo muito bom justamente por que têm alguém. No entanto, existem outros que pensam que esse é só mais um dia, um dia de trabalho, mais um dia pra beber, menos um dia pra contar, enfim existem os indiferentes que são, no caso, os diferentes.

Essa data, 12 de junho, pode ser mais um dia criado pelo capitalismo, ou seja, mais uma data de mercado ou então só mais um dia, mas com certeza vai passar.



O tempo todo passo batendo na mesma tecla...acho que devíamos curtir mais a vida de solteira(o), curtir no sentido de gostar, aproveitar esse tempo, gostando de si mesmo nessa situação e deixar as coisas acontecerem, pois sabe-se lá quando isso vai acabar, então vamos curtir o dia dos namorados fazendo dele um dia dos não namorados!



-é bom postar novamente alguma coisa, eu sei que são poucos leitores, nem sei se alguém vá vir a ler, mas vale a pena escrever, até pq eu gosto disso, NE?!
enfim.
beeeijos!

sábado, 14 de maio de 2011

Estado, Gravidez, Aborto e Relacionamento





Se coloque como eu lírico da seguinte suposição: Você é uma moça que tem entre 16 e 21 anos, se pega ou namora um cara “x” e de repente fica grávida, ele não quer assumir a criança independente de vc querer ter ou não, o senhor “x” não estará presente em sua vida nesse momento, o que vc faz além de ficar puta?



Bom existem duas questões a serem tratadas na seguinte suposição, creio eu:
Primeiro: O filho da puta ter estado ao seu lado pro bom e velho sexo e não estar presente na hora que a bomba explode.
Segundo: Você ter ou não a criança.


- Nesse post, não direi o que fazer, mas sim colocarei uma posição sobre o que acho que deve ser colocada na mesa com relação as políticas publicas e afins.


  • No nosso país não é permitido o aborto legalmente, logo nós numa situação como essa nos sentimos pressionadas a ter a criança. Mas como se somos tão jovens e nos sentimos despreparadas pra esse momento adiantado? Como colocar uma criança no mundo se até se sustentar é algo difícil? Onde fica o nosso direito de escolha quando o Estado resolve seguir políticas empregadas pela igreja deixando de lado o bem estar do povo?
    Bom, a igreja católica (não só a igreja católica, mas cito ela, pois ela possui uma força maior sobre nosso Estado) possui posturas com relação ao sexo que geram um tanto de problemas. Começando pela discriminação da camisinha quando se trata de sexo, sexo com a intenção meramente reprodutiva, que para a sociedade contemporânea é um problema e tanto já que existem tantas doenças sexualmente transmissíveis e que uma delas pode estar te esperando na porta da sua casa pra te levar pro cinema.
    O problema seguinte é que sexo sem camisinha leva mais facilmente a gravidez que pode ser indesejada na maior parte das vezes, a sociedade hodierna não se interessa mais em ter filhos cedo muito menos ter muitos filhos, levando em consideração que as pessoas estão tendo filhos cada vez mais tarde e menos filhos que a alguns anos atrás, e que se a pessoa não quer ter filho/não pode (pois as condições de sobrevivência estão cada vez mais achatadas entre o freelancer e o operador de telemarketing, de caixa de supermercado e afins) é pressionada a fazer algo ilegal e sem segurança nenhuma ou sobreviver sofrendo e fazendo um ser inocente sofrer junto. Existe a questão do “o que fazer?”, o aborto é ilegal e trazer uma vida ao mundo pra sofrer é doloroso. Em ultima estância recorre-se a uma clinica de aborto ilegalmente e faz o que deve fazer (a outra opção e trazer a criança ao mundo pra sofrer ou pra ser um péssimo pai/mãe) sem um mínimo de segurança. Logo creio eu que a questão aborto ultrapassa uma questão de legitimidade do Estado sobre o poder de uma instancia religiosa e chega até a questão de saúde publica, pois muitas mulheres morrem ao fazer abortos em clinicas clandestinas.


Minha posição? Sou a favor da legalização do aborto! Posso não ter esboçado muito bem as palavras acima, não ter desenvolvido tão bem, mas minha posição eu já tenho. Nós temos que ter direito sobre o nosso corpo e não ficar atreladas sempre a uma religião a qual não seguimos e a legalidade que ela emprega.


  • E os caras que nos largam de mão durante esse período difícil? (não generalizando obviamente, pois existem caras –creio eu – que assumem o peso junto de nós mulheres).
    Você ainda não decidiu se vai ter a criança ou não, mas o cara já te largou logo você se sente no limite quase fazendo um aborto, certo?
    Homens que largam mulheres na mão pra mim merecem se fuder, eu se tivesse condições e achasse plausível ter um filho no momento em que isso aconteceu, eu teria mesmo, esqueceria o cara e criaria meu filho independente de ter um homem me ajudando ou não, afinal acredito que apesar da situação ter a possibilidade de me foder muito eu seria capaz em algum momento de acertar alguma coisa, apesar de não achar justo trazer uma criança ao mundo pra sofrer junto comigo. O que fazer com relação ao filho da puta que te largou na mão?
    - Primeiro: largue ele de mão, pois um homem desse nunca vai ser bom pra criar nem um hamster junto com vc!
    - Segundo: decida com vc mesma se vai ser possível criar essa criança sozinha e converse com sua consciência.
    Fora isso, não existe muito a fazer. O grande ponto desse tópico é que homens tem medo, mais medo ainda que nós. A questão é que se não é com eles diretamente é mais fácil abandonar o barco e se ele abandonou é melhor que seja assim do que ser relapso com vc e te causar milhares de problemas creio eu. No entanto, é muito fácil pra mim falar já que não tenho muita experiência com essa situação.
É isso caros e raros leitores, apesar de eu não ser muito boa nesse tema e não saber muito bem o que fazer com o filho da puta que não quis te apoiar independente da sua posição com relação ao assunto, tentei discorrer sobre o assunto da melhor forma possível espero que tenham “curtido”


-Mais opiniões sobre posts? Comente pedindo!


Até!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Saude sim, mas e o resto?







Vivemos em 2011, século XXI, onde todas as pessoas se empenham em trabalhar e ser bem sucedidos ou ao menos sobreviver, onde, além disso, já se atingiu um nível de informação nunca atingido antes o qual mobiliza e alicia as pessoas. Hoje, vive-se mais do que jamais se viveu e cria-se uma necessidade e um agrado por se viver cada vez mais, despertando uma vontade uma necessidade de manifestarem hábitos saudáveis, ou seja, hábitos que irão a longo prazo promover a saúde e o bem estar (não generalizando). A partir desse movimento, largam-se hábitos que antes eram apreciados e criam-se tabus encima deles, gerando um preconceito sobre as pessoas que mantêm esses hábitos, no entanto esse processo todo é mal estruturado, pois mantêm-se uns hábitos enquanto repudiam-se outros de mesmo caráter. Julga-se pessoas por seus hábitos, hábitos estes que ha 40 anos eram naturais e não impregnados de tanto preconceito, ao mesmo tempo que, naturaliza-se hábitos que são incomuns pra alguém que perdeu a memória na década de 70 e só lembra do Woodstock e das frentes revolucionarias da época.

*veja bem, a critica não é a viver macrobioticamente e sim a viver na ignorância e macrobioticamente, não excluindo meu repudio a pessoas sedentárias e ignorantes*

Bom, como já disse, um habito hoje vitima de preconceito a alguns anos era uma “moda” e hábitos da moda hodierna se sobrepõe a eles. Mas que moda é essa que cerca a sociedade atual? Tem-se a necessidade de viver mais, mas por quê? E acima de tudo. Porque, cria-se a visão de uma pessoa bem sucedida aquela que passa horas no trabalho e as horas restantes na Academia e conseqüentemente cria-se uma visão do sedentarismo que não é aceita como forma de vida não boa?

- Se vc está em uma reunião com amigos em casa, e um amigo pergunta o que vc faz e você inocentemente responde tudo de sua vida, menos que faz exercício físico e assume que além de não ter tempo, não tem interesse, vc é julgado como sedentário e logo apontam você como alguém que além de não viver bem, morrerá cedo. Mas por quê? Como esses estereótipos se enraizaram na nossa sociedade. Confesso que quero viver, passar dos 50 talvez, no entanto pq minha escolha de como viver tem que sofrer preconceitos?

A sociedade atual é fascinada por viver e quer adquirir cada vez mais formas de prolongar esse prazo, talvez pelo enorme desgaste nas primeiras fases da vida e se quer viver mais pra poder aproveitar ao menos um pouco desta. Onde passa-se a se tornar feio por não fazer exercícios, ou por fumar seu cigarro e beber nos fins de semana?

Creio que além de apontar como “feio” quem não é do nicho macrobiótico, aponta-se com hipocrisia, pois prega-se o não beber e bebe-se, o viver bem e trabalha-se com o capitalismo para produzir a poluição e favorecer o aquecimento global, além da matança/exploração desordenada de animais e pessoas.
Os poucos que seguem o fluxo contrário da correnteza são taxados, descriminados e apontados como errados. No entanto será que isso está errado? Fazer as próprias escolhas, não é seguir o que um dia nos foi ensinado?

A geração saúde deseja viver bem, mas não só deseja como impõe. Vive-se hoje sob vários tabus e o principal é o de que quem não se encontra no nicho da saúde não é tão bem sucedido assim. Assistimos isso na TV, lemos em revistas e vemos no cinema, quem não vive bem, não vive. Simples não? A vaidade desta geração faz com que certas coisas sejam esquecidas, como a situação política mundial, os problemas sociais e afins. Não digo pra esquecer seu corpo e se largar, no entanto seria bom essa geração observar além de seu corpo e que a sociedade precisa ser notada também e não é com preconceito. Vaidade sim. Mas a superficialidade desta que deve ser esquecida. Há como viver bem e ter consciência social, consciência de que além de nós não viver-mos pra sempre a sociedade caminha em direção ao abismo que é o descaso geral e isso faz com que vivamos menos ainda.

Reconhecemos que fumar mata, beber e ter maus hábitos também, porém o que significa tudo isso se tem milhares de pessoas morrendo todos os dias com o descaso de muitas outras que se preocupam somente com o próprio corpo e com o “ser bem sucedido”. O modo de produção capitalista impõe esses meios de vida para uns e os maus hábitos para os outros, aqueles que se torturam com o achar errado este modo de produção. Já percebeu que a maior parte dos participantes de movimento estudantil tem maus hábitos desde dormir mal até o beber mais que os demais? Enfim.

Estas linhas aqui escritas acima foram só pra expor uma indignação leve com relação as movimentações sociais atuais. O que são os verdadeiros maus habitos? De fato mau habito é esse que inspira a seguinte inferencia: "se é saudavel, é bem sucedido!"

Entao aqui estamos, uma "escritora" de um blog que é fumante e cheia de maus habitos desde o sono desordenado até o alcool além dos fins de semana, com leitores fieis incomodados com a sociedade que também em parte sao fumantes e pessoas nao saudaveis(a maioria), o que esperamos disso?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mudar.



Sabe aquela fase que vc passa da sua vida que tudo da tão errado que quando acaba, vc necessita passar pra outra vida, mudar tudo, tudo mesmo?

Bate aquele gosto ruim do que se viveu, aquela má associação de que fazer certas coisas é trazer outras de volta. Bom, aí vc quer uma vida nova, outros ares, quer trocar tudo, mudar do corte do cabelo ao horário das aulas na faculdade.
Aí é que está. Já paramos pra pensar pq fazemos isso?

A questão é:
Pq mudar nossa vida e não nosso modo de vida?
Pq ao invés de deixar de pegar esse canalha a gente não deixa de pegar canalhas?
Tudo bem que sempre há canalhas e filhos da puta, mas pq a gente sempre insiste em levar esse modo de vida é a questão. Sofrer é inevitável, é um fato. Mas até que ponto a gente pode se proteger? Até que ponto essa proteção é um cuidado e quando se torna excessivo?

Bom, proteção excessiva não é boa pra ninguém, pq amanha ou depois vc acaba sofrendo e sentindo mais, ou seja, você tem um resistência menor aos sofrimentos. Ninguém pode se proteger de tudo, ninguém é onipotente além do que, creio que sofrer é o que nos constrói ao menos um pouco, ou até nos prepara pra vida, quando a gente sofre, aprende minimamente alguma coisa. Não significa que vc tem que ser masoquista e ficar se torturando pra ser a/o foda e saber tudo sobre a vida até pq isso não faz sentido, certo?
Agora, pq nos torturamos com canalhas e filhos da puta?

Bom, não existem só canalhas e filhos da puta, mas eu nunca encontrei outro tipo. Utilizando a minha expressão favorita de uma das minhas musicas favoritas “Até um canalha precisa de afeto”, bom se até um canalha pq a gente não, certo? Pq nós não precisamos de um pouco de... afeto. Por vezes, não somos imune a isso menos ainda a se apaixonar depois disso, logo vambora viver a nossa vida conscientes disso,com a lucidez é a melhor forma de viver.

Mudar nosso modo de vida representa mudar estruturalmente nós mesmos o que representaria muito fortemente uma mudança de personalidade, mas se não estamos felizes assim, pq não mudar a nossa personalidade? Será que da pra mudar? Creio eu que não. Mas mudar momentaneamente algumas coisas nos representa uma esperança de desprendimento do passado ruim, mesmo não quebrando alguns maus hábitos, pelo menos é algum paleativo que nos motiva a seguir em frente. Se vc me perguntar pq fazemos isso, eu sinceramente não sei exatamente pq esse fato social nos persegue em todos os tempos, mas sei que desde que me descobri mulher mudei, mudei o cabelo, mudei o estilo de roupa, os horários, o tipo de namorado apesar de sempre voltar pros mesmos e a vida continuou nesse ciclo de mudar e voltar.
Por fim, mudar faz parte do ciclo de vida, ou seja, mudar é não mudar. Incrível não? Apesar de não mudarmos muito e não acreditar em mudanças muito profundas (vc é o que vc é) faz parte da vida isso.

A vida ta tão parada, as coisas estão tão pouco loucas as ressacas estão pouco criativas, muitos repetidas. Além do que, o monologo eterno me deixa entediada, logo há uma nova necessidade.
Mundo novo, novas obsessões, novo bloco, nova vida, novo jogo. Não satisfeita em escrever levo o blog a minhas fieis escudeiras, caras e raras leitoras, as quais terão o blog a sua disposição quando quiserem, ou seja, o ressaca moral está aberto a publicação de minhas leitoras sobre assuntos relacionados ao tema principal do blog.

-Amanda Rodrigues

-Taisa Falcão

-Thaiana Lima

A ressaca moral está em suas mãos também, sintam-se a vontade para demonstrarem as ressacas da vida.

- Com relação a temas ainda nao tratados como aborto e filha da putices de homens relacionadas a isso e politicas publicas, bom estamos trabalhando para melhor proporcionar um post nesse contexto, enquanto isso vote na enquete.

Apoio para edição: Amanda Rodrigues

terça-feira, 19 de abril de 2011

P*taquepariumef*di


Todos nos cometemos erros, e como é boa aquela sensação de que ‘putaquepariumefudi’ então, estou aqui frisando alguns erros de relacionamentos pra gente ficar ligado pra não ter aquela sensação maravilhosa novamente tão fácil, e se tiver quem sabe experimentar dela num nível mais pesado dela.Erros que mulheres cometem com homens diretamente e acabam com suas “relações” (lembrando que relação é todo tipo de interação seja pegar, namorar, casar e enroscar-se, apenas amigos e afins).

Bom, quando a moça está namorando um cara e deixa “esfriar” a relação (é um erro comum, e as vezes inevitável, acredite) mas tentar é sempre bom, esfriar é algo normal mas se vc tentar terão picos disso e ai vc faz durar mais uma relação mesmo sabendo que talvez não vá parar no altar.

Quando tá namorando se submete de mais ao namorado é um erro, ai casa e ele certamente acha que isso vai continuar, isso é um erro dele achar que vc deve se submeter, mas certamente tem razão de achar que isso vai prosseguir, afinal coisas não mudam de um dia pro outro ou de uma aliança pro dedo. Ou seja, esposa submissa de mais é um erro muito grande gera toda uma expectativa do século passado.

As moças que estão solteiras aproveitam o que vier, não no sentido pejorativo, mas se vier algo que seja proveitoso, ótimo, se não, bom ... bom também, a questão é que elas sempre acabam demonstrando que gostam de quem estão ficando, e mesmo que isso não seja nada de mais a outra pessoa que gosta de ser gostada faz sempre um escândalo muito grande com isso e pronto merda armada. Ai está uma coisa pra ser aprendida, ser grosseira, pq meninas más sempre vão pra onde querem! (brinks)

As moças que estão solteiras ou namorando ou casadas ou enroscadas e com amigas(o), normalmente a gente se empolga achando que conhece pra caralho o outro mas na real nem é tão assim, as vezes o outro não é tão assim como a gente conhece então vamos de leve vendo aos poucos o outro tem sentimentos e opinião também.

Não sou nada nem ninguém pra ficar dando palpite na vida de ninguém, mas vamos aos poucos... isso tudo é uma lógica de experiência antopologica, logo se percebe que Vit tem razão.

Pros rapazes, bom pra eles é tenso falar não sou homem era necessário todo um trabalho antropológico maior em cima disso, então prometo um trabalho antropológico encima disso, juro!*-*

Bom, é isso...
estou sumida meus caros e raros leitores isso se deve a minha baixa capacidade de escrita, mas segundo meu médico que me deu uma semana de folga isso vai passar logo nas próximas semanas, logo, voltarei a escrever com a mesma ira, então, não esqueçam esse link, beeeeijos.